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Cavaleiro da

Mãe de Natividade

Início

Aparições de

Nossa Senhora

em kibeho.

África 1981

Como aconteceu

Sábado, 28 de novembro de 1981, pouco depois do meio-dia, as alunas da escola secundária de Kibeho para meninas almoçavam no refeitório. Uma ​delas, Alphonsine Mumureke, de 17 anos, era a encarregada das orações nesse dia. Como ela contou mais tarde, estava contente, mas sua alegria ​misturava-se a certa apreensão. Estava ansiosa por- que várias vezes ouviu uma voz suave que chamava: "Minha filha, minha filha".


Aparentemente, a voz chamava de um corredor próximo. Alphonsine hesitou um pouco. Depois, ao ouvir de novo a voz, foi ao corredor, ajoelhou-​se e fez o sinal da cruz. "Es- tou aqui", disse Alphonsine. Uma "Senhora de Luz" apareceu diante dela e aconteceu uma conversa estranha.

por não ser originária da região de Kibeho e por ser uma intrusa que entrara na escola de- pois do início das aulas.


Seguiram-se diversas repetições da apa- rição e, pelo visto, Alphonsine adquiriu aquela tenacidade característica dos videntes, isto é, não recuar ​nem se retratar. Algumas das cole- gas passaram a se ajoelhar e rezar com ela, embora não vissem a aparição. Alphonsine foi intimada a pedir à ​Virgem que se manifestasse a outras pessoas também e fez o pedido à Senhora. Em 12 de janeiro de 1982, Anathalie Mukamazimpaka viu Nossa ​Senhora e entrou no mesmo êxtase que Alphonsine.


O entusiasmo e a consternação invadi- ram o povoado de Kibeho. A certa altura, as videntes enfrentaram forte oposição de Marie- Claire ​Mukangango, confidente de Dom Gahamanyi, bispo da arquidiocese de Butare. A situação foi ficando cada vez mais delicada até ser resolvida em ​2 de março de 1982, quan- do Marie-Claire Mukangango percebeu que tam- bém via a aparição.


Em julho, também viram a aparição: Segatshaya, jovem que ainda não era cristão, e outro garoto, Valentine, além de mais quatro garotas Agnes, ​Vestine, Stephanie e outra Agnes, mais nova que a primeira. Os videntes principais seriam oito, embora vinte pessoas da área de Kibeho alegassem ​ter visto a Senhora e no mínimo mais dez em outras partes do país. Uma aparição de Jesus também surgiu ocasionalmente a alguns dos videntes. ​Alphonsine pedira à Senhora que, se era realmente a Mãe Santíssima, se deixasse ver por outras pessoas. É evidente que a Mãe Santíssima ​consentiu. Porém os oito videntes principais de Kibeho foram os únicos logo aceitos como autênticos.


Como aconteceu

Todos os videntes principais foram inquiridos e interrogados, juntos e separados. Suas descrições da Senhora divergiam. Mas quer juntos, quer ​separados, todos, unânime e ardorosamente, concordaram sobre um aspecto da aparição - algo que, até onde sei, jamais ocorrera em nenhuma ​outra aparição.


A paisagem na região de Kibeho e Butare era de desolação, pois estava quase inteira- mente despojada de toda vida vegetal, arrancada para servir ​de lenha ou para outro uso prático. Era uma região crestada de rochas e sujeira, quente, seca e poeirenta entre as chuvas esporádicas e ​extremamente lodosa quando a chuva caía. A fome era eterna ameaça, a menos que os alimentos fossem transportados para a região.


Alguns dos videntes disseram que a Senhora de Kibeho era uma linda mulher branca, às vezes, mas nem sempre, parecida com uma senhora ​européia. A aparição da Senhora era ligeiramente diferente para videntes diferentes e, às vezes, ligeiramente diferente para os mesmos videntes. ​"Era muito difícil descrever a cor de sua cútis nem branca, nem preta, nem mulata, mas antes um pouco dourada, exatamente como a cútis das ​mulheres do Extremo Oriente." Todos foram unânimes a res- peito da beleza da Senhora.


Alguns disseram que ela estava toda vestida de branco, com um manto até os pés e um véu cintilante que a cobria por inteiro. Outros disseram que ​o véu era azul e parecia uma capa. Todos concordaram que a aparição era luminosa.


Quando os videntes entravam em seus intensos transes extasiados, todos perdiam o contato com “este mundo". Foram "testados" enquanto ​estavam nesses transes. Quando cu- tucados com canetas e pontas de faca, às ve- zes saía sangue. Fósforos e velas acesas eram aplicados a suas ​mãos. Lanternas eram voltadas diretamente para seus olhos arregalados. As pupilas não se contraíam nem dilatavam. Alguns recebiam tapas no ​rosto, sem nenhu- ma reação. Seus corpos ficavam rígidos; não se conseguia mover-lhes os braços e as pernas pela força.

Como aconteceu

Durante esses êxtases com a Mãe Santíssima jovem e luminosa, eles ficavam em outro mundo, uma vasta extensão de campinas ver- dejantes, ​cobertas de umidade e orvalho cintilantes. O céu brilhava com suaves luzes cor- de-rosa e de outras cores. E havia flores por toda parte, radiosas e ​resplandecentes. Nessa paisagem, tão diferente da de Kibeho, a Virgem Maria flutuava acima dos videntes - o que é a razão de todos inclinarem a ​cabeça para trás e olharem quase diretamente para cima. Essa mesma paisagem maravilhosa foi descrita de maneira idêntica por todos os videntes.


As primeiras aparições aconteceram no dormitório do colégio. Para acomodar todos os que queriam assistir, o espaço do dormitório original ​dividido em cubículos logo se transformou em uma capela maior, com a remoção das divisórias.


Porém, em pouco tempo, os muitos romeiros que não cabiam na capela provisória exigiram que os videntes recebessem Nossa Senhora ao ar livre. ​Assim, as aparições passaram a acontecer em frente ao dormitório, no pátio da escola. Mas chegavam cada vez mais romeiros e era difícil enxergar ​os videntes, mesmo no pátio cercado.


Irmão Graton, dos missionários Pères Blancs, teve a idéia de construir, não muito longe do colégio, um pódio elevado, ao redor do qual foram ​construídas cercas, para manter afastada a imensa e crescente massa de peregrinos. O pódio era "da altura de um homem". Em cima dessa ​plataforma, onde todos podiam enxergá-los de longe, os jovens videntes, em separado ou juntos, entravam em êxtase e arqueavam o pescoço para ​trás.


A Senhora sempre anunciava a aparição seguinte e, nessas datas, as massas de romeiros cresciam. Para que "todos ouvissem e aproveitassem os ​diálogos do céu", os videntes repetiam as palavras da Senhora no momento em que eram pronunciadas. Eles tinham microfones e a área ​circundante "estava equipa- da com muitas caixas de som". Mais tarde a Rádio Ruandesa instalou um sistema mais eficiente de alto-falantes e ​iniciou a transmissão ao vivo das descrições dos acontecimentos e das mensagens.


Como aconteceu

O tema principal das mensagens era que as pessoas não prestam bastante atenção às coisas do céu. Consideram irrelevantes as verdades ​reveladas na Bíblia e as ignoram. "Por exemplo", a Senhora salientou, "o fim dos tempos profetizado na Bíblia deixa-as indiferentes e elas não se ​preparam nem veem necessidade de almejar a perfeição."


"Tudo que lhes digo", queixou-se a Senhora, "parece-lhes sem importância". Essa queixa é, já se vê, eco de outras aparições, em especial da ​ocorrida em Kerizinen, França, que teve início em 1938. Mas essa aparição não foi aceita pela Igreja e já era praticamente desconhecida em 1981. É ​improvável que os jovens videntes de Kibeho tivessem ouvido falar de Kerizinen.


Muitos romeiros, policiais e autoridades governamentais puderam testemunhar os notáveis fenômenos solares que às vezes ocorriam. As ​testemunhas incluíam muitos padres e freiras que, em sua maioria, deram testemunhos escritos. Um destes, de padre ruandês, concluiu que "os ​sacerdotes do Grande Seminário, que fazem parte da Comissão Teológica testemunharam objetivamente estes fenômenos".


Era possível fitar o sol sem ferir os olhos. Primeiro, ele ficava azulado. Depois, a parte superior ficava branca e brilhante e a inferior, vermelha. Algo ​"semelhante a uma faixa" cingia o sol. Este dançava da esquerda para a direita e de baixo para cima durante uns dez minutos. E milhares de ​testemunhas viam o céu sobre Kibeho passar por um encantador espectro de cores. À noite, às vezes as estrelas dançavam e outras vezes ​desapareciam por completo e eram substituídas por cruzes luminosas. E talvez o mais importante para a região de Kibeho ataca- da pela seca ​fossem as chuvas.



Como aconteceu

Aparentemente, a idéia da chuva foi da Senhora. "Por que não me pediram chuva?", ela perguntou a Anathalie em agosto, mês em que raramente ​chovia.


Anathalie respondeu: "A senhora disse que daria conforme sua vontade e quando quisesse".


E a Mãe Santíssima retrucou: "E agora vou lhes dar uma chuva de consagração".


Logo depois disso, caiu uma tempestade e assim começou a primeira de muitas chuvas fortes. Mas ninguém procurava abrigar-se. Em vez disso, os ​milhares de romeiros reunidos ajoelhavam-se no aguaceiro, ajoelhavam-se na lama bem-vinda e enalteciam as "chuvas do Céu". A água da chuva ​era colhida em todas as vasilhas disponíveis e em enormes caldeirões. E a partir dessas águas coletadas começaram as curas.


Praticamente desde o início, a "aprovação" definitiva de Nossa Senhora em Kibeho não poderia ser posta em dúvida por causa de videoteipes, ​transmissões radiofônicas e testemunhos clericais, por causa dos milagres solares e das curas. A responsabilidade da aprovação coube ao bispo da ​arquidiocese de Butare, monsenhor Gahamanyi. "Com base na razão e na prudência", este prelado não se contentou só em entrevistar os videntes. ​Convocou duas comissões de estudo. Uma compu- nha-se de médicos e psiquiatras, a outra, de teólogos. As comissões testaram os videntes em ​separado, realizaram entrevistas e examinaram os "fatos em Kibeho". Mas já tinha havido "enorme renovação da piedade", aumento de fé e ​inúmeras conversões, não só em Kibeho, mas por toda a Ruanda.



Como aconteceu

Entre as muitas mensagens transmitidas em Kibeho, havia sinistras advertências, recebidas enquanto os videntes estavam em êxtase ou quando ​ficavam em inexplicável coma mor- tal por dois ou três dias e noites. No princípio, julgava-se que os em coma estavam mortos, mas sinais vitais ​mínimos eram detectados por médicos. Embora medidas severas fossem tomadas para despertar os videntes comatosos, nenhuma surtiu efeito. ​Os que entravam em coma experimentavam "viagens misteriosas", "visões de horror", a "tristeza de Jesus" e o "fim do mundo".


Em 15 de agosto de 1982, depois que se recuperaram de um êxtase que durou oito horas, cinco dos videntes principais debulharam- se em lágrimas ​de terror. Todos relataram ter visto uma cena medonha de torrentes de sangue, corpos abandonados sem sepultamento, árvores em fogo, grandes ​abismos que se abriam, um monstro aterrador e cabeças decapitadas por toda parte. Cerca de dois mil e quinhentos peregrinos que estavam ​presentes ficaram muito temerosos e essas visões de apocalipse repetiram-se diversas vezes. O mais surpreendente foi que a Senhora aconselhou ​a maioria dos videntes a sair de Ruanda. Os acontecimentos sociopolíticos que se manifestaram depois dessas aparições espantosas foram de ​grande pavor e cumpriu-se o apocalipse aterrador da Senhora.


Quatro anos mais tarde, as guerras entre os hutus e os tutsis fugiram a todo controle. A meta dos hutus era o total genocídio dos tutsis. Ordenaram ​a todos os hutus do sexo masculi- no de 6 a 90 anos que matassem pelo menos um tutsi e cortassem e exibissem as cabe- ças como prova da ​façanha. Cidades, povoa- dos e aldeias foram arrasados e suas árvores queimadas. Milhares e milhares de corpos fo- ram abandonados e deixados ​insepultos. Os rios ficaram fétidos com corpos que se decom- punham por toda parte. Quem bebia a água desses rios morria de febre. Tão imensa ​era a poluição de cadáveres de hutus e também de tutsis que os peixes morreram no grande lago Kivu, cerca de 100 quilômetros na fronteira ​ocidental de Ruanda.


Como aconteceu

Centenas de milhares de refugiados fu- giram para países vizinhos. Muitos países e as Nações Unidas enviaram grande quantidade de ajuda, ainda ​assim insuficiente, e outros milhares morreram em campos de refugiados, em especial crianças que já sofriam de des- nutrição na terra natal. O ​apocalipse desceu realmente sobre Ruanda, como a Mãe Santíssima avisara.


Não há dados exatos sobre a perda populacional de quatro milhões de ruandeses en- quanto escrevo, em outubro de 1995. Mas a contagem de ​corpos talvez chegue à metade da população. O apocalipse desceu realmente sobre Ruanda, como a Mãe Santíssima avisara em suas aparições.



Atual santuário das aparições em Kibeho, Ruanda

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